Na parte superior do portão pode ler-se: "Municipalidade 1860"
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
Uma das faces da base do monumento aos "mártires da liberdade", onde figuram os nomes dos seis liberais aveirenses executados
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
Ao fundo, a capela
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
(Foto: Jorge Cunha, 2009)
Foto: Jorge Cunha, 2009)
Notas à margem
Fonte: Wikipédia
* Em Aveiro, curiosamente, o primeiro cemitério - o actual cemitério central da cidade - foi construído, embora, ao que parece, em condições bastante precárias, ainda no ano de 1835. Foi utilizada, para isso, parte do terreno que pertencera à cerca do extinto convento dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia. O decreto governamental de Maio de 1834, da responsabilidade do então ministro da justiça, Joaquim António de Aguiar (que ficou conhecido como o "Mata Frades") extinguiu, com efeitos imediatos, todas as ordens religiosas masculinas, não podendo as femininas admitir novos membros, até à sua extinção por morte da última religiosa. Por esta razão, em fins de Junho de 1834, todos os frades tinham já deixado o convento de Nossa Senhora da Misericórdia.
Fonte: "Aveiro e Cultura. Calendário Histórico de Aveiro"
* O primeiro cadáver a ser sepultado no novo cemitério, em 12 de Dezembro de 1835, foi o do carpinteiro Francisco de Almeida, que morara na Rua do Espírito Santo (actual Rua de Eça de Queirós). Antes da inumação, o povo amotinou-se e, por vontade da família do defunto, chegou a abrir sepulturas em duas igrejas. Contudo, a autoridade acabou por se impor. Era o primeiro defunto a ser sepultado fora de uma igreja, ainda por cima num cemitério com condições muito precárias e que nem sequer fora benzido. Em 1839, foi construída uma capela no cemitério e só em 10 de Novembro desse ano, com a presença da Câmara Municipal e das autoridades locais, se procedeu à sua bênção.
Fonte: "Aveiro e Cultura. Calendário Histórico de Aveiro"
* Nas décadas seguintes, a Câmara Municipal foi dotando o cemitério de melhores condições. Uma delas foi a colocação de um portão, à entrada, em cuja parte superior se pode ainda hoje ler: "Municipalidade 1860".
* No dia 4 de Novembro de 1862, faleceu em Lisboa, numa casa da Rua de "O Século", José Estêvão Coelho de Magalhães, que, no dia seguinte, foi sepultado nesta cidade. Só em 16 de Maio de 1864 os seus restos mortais foram trazidos para Aveiro, tendo ficado depositados numa capela mortuária mandada construir, no cemitério central, pela sua viúva, Dona Rita de Moura Miranda de Magalhães.
Fonte: "Aveiro e Cultura. Calendário Histórico de Aveiro"
* Em 1865, a Câmara Municipal mandou colocar no centro do cemitério um monumento em memória dos seis liberais aveirenses condenados à morte e executados pelos absolutistas partidários de D. Miguel, por terem participado na revolução liberal de 16 de Maio de 1828. Quatro foram enforcados e decapitados na Praça Nova, no Porto, em 7 de Maio de 1829; outros dois em 9 de Outubro do mesmo ano.
Numa das faces da base do monumento figuram os seus nomes:
7 DE MAIO DE 1829
FRANCISCO MANUEL GRAVITO DA VEIGA E LIMA
MANOEL LUIZ NOGUEIRA
CLEMENTE DE MELLO SOARES DE FREITAS
FRANCISCO SILVÉRIO DE CARVALHO DE MAGALHÃES SERRÃO
9 DE OUTUBRO DE 1829
CLEMENTE DE MORAES SARMENTO
JOÃO HENRIQUES FERREIRA
Noutra face está escrito: MUNICIPALIDADE DE 1865
FRANCISCO MANUEL GRAVITO DA VEIGA E LIMA
MANOEL LUIZ NOGUEIRA
CLEMENTE DE MELLO SOARES DE FREITAS
FRANCISCO SILVÉRIO DE CARVALHO DE MAGALHÃES SERRÃO
9 DE OUTUBRO DE 1829
CLEMENTE DE MORAES SARMENTO
JOÃO HENRIQUES FERREIRA
Noutra face está escrito: MUNICIPALIDADE DE 1865
OS OSSOS AQUI TEM A ALMA NO EMPYREO
SEIS ILLUSTRES VAROENS POR QUEM FREMENTE
A LIBERDADE CHORA ATROZ DELÍRIO
NELLES PUNIU O ESFORÇO INDEPENDENTE
E HEROES OS FEZ CO AS PALMAS DO MARTYRIO
FIQUE SUA LEMBRANÇA ETERNAMENTE
NOS NOSSOS CORAÇOENS NA PÁTRIA E HISTÓRIA
PAZ AOS SEUS RESTOS AOS SEUS NOMES GLÓRIA
* Em 20 de Fevereiro de 1866, foram trasladadas para o cemitério central de Aveiro as cabeças dos «mártires da liberdade», para o monumento mandado erigir pela Câmara Municipal, cujo presidente era então Manuel Firmino de Almeida Maia.
Fonte: "Aveiro e Cultura. Calendário Histórico de Aveiro"
3 comentários:
Caro Jorge:
Estava a procura de fotografias sobre o cemitério de Aveiro e a busca do Google me direcionou para o seu blog. Vou utilizar as suas fotos no meu próximo post. Gostei muito de suas fotos e do registro histórico.Parabéns pelo trabalho. Abraços.
Anna Cecília.
Ah! o nosso blog está em http://digaasnovas.blogspot.com
Obrigada muito e sou estudante da Universidade de Aveiro e sou da China.
Gosto muito das tuas fotos e hoje passeio muito tempo no cemiterio, bonito e tranquilo. Acho que vou mais uma vez.
Posso fazer amigo contigo?
o meu email: xuhan110110@gmail.com
Raquel
Existe um jazigo com uma inscrição muito enigmática "Aqui jaz um velho infeliz". Alguém me saberá explicar o que significa?
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